Tive você como uma rocha firme e inabalável, com alicerces fundidos e fortes, não tinha um pouco, tinha um todo, presença tamanha que não cabia em mim, imaginava o amor propagado, e mesmo sem entender, recebia com a aquela mesma totalidade que remetia, e a distancia que o espaço nos obrigava, apesar de banalizarmos a física, desmentido que o corpo não ocuparia um outro corpo no mesmo espaço. Vagava com passos largos e livres alem de serem firmes. Essa alquimia que longa vida nos daria, com um calculo tão exato que nos confirmava maiores do que a própria verdade. Colocávamos-nos frente a frente, e essa vida a qual nos condenava a eternidade...
E em um dia qualquer, depois de uns passos que quebrava o silencio do amanhecer, acordei, não tinha ninguém, simplesmente peguei a essência desse elixir, e fui capaz de colocar essa eternidade em um pequeno frasco, onde guardo até hoje, para que a mim seja dado o direito de ser eterno, e se alguma vez, pela incoerência do mundo esquecer dessa fórmula, repetiria quando o mesmo amor despertar, e sem receios mais uma vez o eternizar...
Robson Demétrio
0 comentários:
Postar um comentário