Sentir suas mãos no meu corpo, os sussurros, que imploravam esse desejo, estava realmente diante de um mestre, alguém no qual não houve quem se assemelhasse, nem antes,nem agora. Me tocava, me sentia, me tinha. E interessante ressaltar a forma que chegava a imaginar as coisas, em pensar que fingia o prazer, e que estava apenas forçando essa situação, simplesmente para agradá-lo ou apenas para satisfazê-lo somente, mas depois, talvez, com as vezes que nos amávamos foi realmente reconhecendo que o desejava de forma concebível, indizível, vorazmente, o verdadeiro fato era que meu corpo desejava o seu, o meu corpo pulsava pelo contato com o seu, e entre toques, sussurros, mordidas, gemidos, nos consumíamos numa entrega total, o qual confiava em ti completamente, sem medo de coisa alguma, e o que poderíamos ressaltar sobre nosso primeiro contato intimo? O que eu mais queria era aguçar ao máximo todos o seus sentidos, o que de primeira instancia o que menos precisa naquele momento, era de seus olhos, sua visão naquela hora parecia ser a coisa menos necessária, pois por esse só momento não queria me olhasse,apenas por esse momento, mas apenas sentir-me, por isso vedei vossos olhos, o que lhe permitia mas atenção para os outros quatros (sentidos) que lhes restavam,.
O olfato, para que pudesse gravar e até mesmo marcar o cheiro que exalava naquele momento, o cheiro puro de nossos corpos quentes e suados, e o cheiro que caracterizava a nós somente, naquele quarto, que para ti estava escuro, pois a luz dos olhos já não os tinha mais. O que o cheiro levava a imaginação a mil, e o desespero, de sentir algo que não podia ver.
A audição, não poupei um só momento nos sussurros, e gemidos que eram gerados instantaneamente, pela urgência do desejo, apenas ouvir nos conduzia, induzia (prefiro essa palavra) para lugares, estados, ou posições que nos aprouvessem, apenas com a ordem da voz, a língua úmida que enlouquecia e o estalar dos dentes que rangia.
O paladar, o gosto salgado da carne, o desejo de provar nossos corpos por inteiro, o passear da língua, gosto esse, que me fazia salivar involuntariamente, e a forma que tentávamos ao ponto que nos levava a quase tiráramos pedaços do corpo, pela tamanha vontade de comermos por inteiro um ao outro, que instintivamente levava os dentes a quase penetrar a pele, como se fosse uma real comida, a alguém que estava faminto por carne.
E por fim o tato, o ultimo que lhe restava no momento, o que pra mim é o mais completo de todos, pois para cada sentido se tem um órgão especifico, o nariz para o alfato, o ouvido para a audição, e a língua para o paladar, mas para o tato, não usamos apenas as mãos, pois o corpo por inteiro nos permite tal façanha, em sentir um ao outro, seu corpo rígido, tão duro, que parecia cedro polido, onde massageava-o por inteiro, e a forma em que teu corpo reagia as essas sensações, o estado lúbrico que tu ficava, que a qualquer toque esse liquido escorria por entre meus dedos, descia pelo braço, em tamanhas proporções que me impressionava, pois nunca tive reações assim tão lúbricas, a ponto de molhar toda a região do meu corpo que encostava, por entre minhas coxas, e onde quer que esfregasse, sendo que não precisava de mais nada para o por fim, o gozo indescritível.
E dormi de conchinha pra validar esse prazer!!!
Robson Demétrio