Hoje Aprendi que o sol deve sempre se pôr, antes eu não aceitava isso, sempre imaginava a vida como um jardim, iluminado pela brilhante estrela da manhã, com suas flores, e seus aromas... vivia em um mundo somente meu, um pequeno príncipe, foi o que me sucedeu no meu pequeno mundo partilhar, meu, meu e meu. Acreditava no amor, e que quão amadas seriam todas as pessoas, pela forma que elas o amavam, uma simbiose tão exata, e como eterno seria esse amor, pois como poderia não querer sentir algo que de tão bom me faz ri? E que calmamente me embalava, de tal maneira como o som de uma caixinha de musica que faz girar lentamente a bailarina a dançar. Quando os dias se passaram, comecei a notar um frio, foi exatamente aí que percebi que o sol já não estava tão brilhante, e que lentamente se encurtavam seu raios, a principio uma visão deslumbrante, com tantas cores que nem conseguia distinguir, mais parecia uma grande pintura borrada, Van Gogh se anunciava, sol, estrelas, nuvens, flores e o vento, tudo misturado. Foi aí que vislumbrei um primeiro entardecer, continuei andando, sem muito enxergar, pessoas velozmente andando entre si, sem nada do que falar, foi quando ouvi uma voz: - Criança, Cresça, amadureça, seja egoísta, abra seus olhos!
Hoje aprendi que o sol deve se pôr, e quando a noite chegar, trará consigo a besta da noite, que uiva. Aprendi também que se calmamente me manter o sol ressurgirá novamente e que cada dia trará o seu próprio mal, e posteriormente a noite mais uma vez chegará. Aprendi que em um dia desses qualquer, a pessoa que lhe amava, pode simplesmente não lhe amar mais. Simples assim. Que em um dias desses qualquer as flores, elas murcham e morrem, assim como alguem que você trazia no coração, poderá muito bem não estar mais aqui, a não ser esse gosto amargo que o morte traz.
Robson Demétrio