Hoje estava na calçada a tardinha, o Sol que já estava vermelho como sangue, um por do Sol sublime, e aquela brisa fria que anunciava a noite... e uma dor que não sabia.
Momento de nostalgia pra mim, pois era nessa calçada alta que sentávamos, onde contemplávamos um ao outro, e não media palavras pra se declarar a mim. Procurei não pensar tanto sobre a ausência dessas palavras e assim como também o [PQ's] de tantas coisas...
Mesmo diante dos meus fantasmas mais terríveis, resolvi ficar até a noite, e um silêncio que chegava a me incomodar.
Foi quando algo prendeu minha atenção.
Um ponto de luz verde, distante de mim, entre as árvores, a qual se aproxima, e cada vez mais vinha em minha direção, que surpresa, comecei a pensar sobre como era curioso esse animal, e sobre a capacidade de emitir luz. Tentei apanha-lo mais ele era muito arredio, pois quanto mais me aproximava, mais ainda ele se afastava, foi ai que resolvi sentar-me e contempla-lo.
E me fez voltar ao tempo, lembrar meus tempos de criança, e sobre um poema que gostava de declamar, uma forma tão peculiar ao próprio, e a forma pela qual me assemelhava a ele.
Um ponto de luz na escuridão.
Vagalume, que no peito tens fogo,
e ardor respiras, e assim eu, não menos do que tu,
grande incêndio tenho dentro do coração.
Tu, de noite, voando pelo céu errando vais,
Mas o meu amor entre as sombras errando
Não chega nunca.
A sombra a ti não dá medo porque
a luz em ti nasce e eu agora, em noite escura,
vou buscando a minha luz, vou buscando a minha luz.
Ah, se tivesse em mim a força de voar, como a ti é lícito,
atingiria o céu e a minh´alma,
cheia de amor, seria feliz,
seria feliz!!!
Stª Teresa Margarida