Pensar sobre o momento em que estive
A graça que a ocasião me incumbiu
Ao azar ou sorte, ao prazer do toque.
Havia um corpo forte, porém tremulo
A boca quente e úmida que me afogava
Mas uns olhos aflitos e distantes que pouco me olhavam
Uma criança num corpo de um gigante, era a magia do encanto
Era uma muralha, mas feita de cartas de baralho
A introspecção que me mantinha longe
Tão longe, que mesmo embalado nos braços, vi que estava só
Um corpo presente e uma alma ausente, essa era a verdade descontente
E ao momento em que não fui convidado
O fim que sem o começo chegou
O que nada mais restou, a não ser o segredo que a mim confiou.
Robson Demétrio
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