Saudades do Infinito


Saudades...
Saudades do infinito...
Saudades do Amor infinito...
Chama essa que incandescia,
E que, a meu coração iluminava.
Hoje ainda sinto esse ardor, mas com uma dor,
Que outrora não pensava.

Caminho...
Caminho que trilho...
Caminho que com paixão trilho...
Com um horizonte que me seduz,
Que me atrai e impulsiona-me para a luz.
E vagando errante, sem culpa ou temor,
Seguindo para o mundo que a cada dia se reduz.


Vida...
Vida que doou...
Vida essa que para mim se doou...
Quando chego ao ponto,que nada mais restaria,
A felicidade vem e simplesmente ri para mim.
O que me faz refletir: poderia seguir sozinho com a vida,
Eu sem você e você sem mim.


E que estejam em mim a vida a felicidade, e os que me querem bem
Continuarei sempre aqui calmamente sob à luz de uma vela
Que lentamente se consume até se esvair...
Robson Demétrio

Quando a noite chegar.



Hoje Aprendi que o sol deve sempre se pôr, antes eu não aceitava isso, sempre imaginava a vida como um jardim, iluminado pela brilhante estrela da manhã, com suas flores, e seus aromas... vivia em um mundo somente meu, um pequeno príncipe, foi o que me sucedeu no meu pequeno mundo partilhar, meu, meu e meu. Acreditava no amor, e que quão amadas seriam todas as pessoas, pela forma que elas o amavam, uma simbiose tão exata, e como eterno seria esse amor, pois como poderia não querer sentir algo que de tão bom me faz ri? E que calmamente me embalava, de tal maneira como o som de uma caixinha de musica que faz girar lentamente a bailarina a dançar. Quando os dias se passaram, comecei a notar um frio, foi exatamente aí que percebi que o sol já não estava tão brilhante, e que lentamente se encurtavam seu raios, a principio uma visão deslumbrante, com tantas cores que nem conseguia distinguir, mais parecia uma grande pintura borrada, Van Gogh se anunciava, sol, estrelas, nuvens, flores e o vento, tudo misturado. Foi aí que vislumbrei um primeiro entardecer, continuei andando, sem muito enxergar, pessoas velozmente andando entre si, sem nada do que falar, foi quando ouvi uma voz: - Criança, Cresça, amadureça, seja egoísta, abra seus olhos!
Hoje aprendi que o sol deve se pôr, e quando a noite chegar, trará consigo a besta da noite, que uiva. Aprendi também que se calmamente me manter o sol ressurgirá novamente e que cada dia trará o seu próprio mal, e posteriormente a noite mais uma vez chegará. Aprendi que em um dia desses qualquer, a pessoa que lhe amava, pode simplesmente não lhe amar mais. Simples assim. Que em um dias desses qualquer as flores, elas murcham e morrem, assim como alguem que você trazia no coração, poderá muito bem não estar mais aqui, a não ser esse gosto amargo que o morte traz.

Robson Demétrio 

Se um dia eu sumir daqui

Talvez pelas duvidas dentro da minha cabeça, ou quem sou
Para perguntas que nem mesmo formadas estão
Nem do lugar de onde eu vim, muito menos do lugar de onde estou
Talvez seja o motivo ou não dessas respostas sem razão
Se um dia eu sumir daqui
E que lá fora de ti, passar a existir
Cá dentro de mim, estará, o eterno sentimento de amar
E se um dia eu sumir daqui
Não foi por covardia, em não reagir
Mas pelo sentimento que há em mim de sempre caminhar
Antes de qualquer coisa, vou pegar tudo que eu puder levar
Minha camisa favorita, um caderno e canetas coloridas
Para escrever e também desenhar
Desenhar cubos, formas geométricas, flores e o vento,
Assim como o Amor me ensinou
E também coisas que nem mesmo vão pesar,
A felicidade dos amigos que em mim habitou
Não me procure, na tarde quente de sábado,
Sentado naquela cadeira na varanda com esperança
Tenha lembranças minhas num caminho, como um peregrino
De mochila e com uma rosa na mão
Já tive uma família, já amei e des-amei e amei novamente,
Já tenho aquela cicatriz de criança
Uma tatuagem, um apanhador dos sonhos, para não desacreditar
Que coisas boas acontecerão
Quando cansado de caminhar, no trilho do trem eu irei
E mais um sonho realizarei
Pegarei o trem, continuarei esse caminho lentamente
Com o gozo da felicidade e simplesmente ri
Até que, na ultima estação esbarrar,
E ali ficar com os braços cruzados sobre o peito estarei
E se de saudades não suportar. Encontre-me, onde?
Debaixo de um ipê estarei a residi
Que terá flores a seu tempo, que cairão e cobrirá o chão
Como um imenso tapete amarelo.

Robson Demétrio

Nascemos para morrer

"Sempre pensei que nascemos para morrer, e você me diz que começamos a morrer a partir do dia em que nascemos, mas a verdade é que morremos por não permitir-nos viver... Juntos."
Robson Demétrio

Bem-ti-vi

Bem-ti-vi
Bem ti ver aqui
O bem que vi em ti
Ti quero bem por aqui
Bem-ti-vi
Bem que eu ti vi
Vi bem ao ti ver
ver ti bem
Bem Bem
Bem-ti-vi
Rosbon Demétrio

Maltida Introspecção

Pensar sobre o momento em que estive
A graça que a ocasião me incumbiu
Ao azar ou sorte, ao prazer do toque.
Havia um corpo forte, porém tremulo
A boca quente e úmida que me afogava
Mas uns olhos aflitos e distantes que pouco me olhavam
Uma criança num corpo de um gigante, era a magia do encanto
Era uma muralha, mas feita de cartas de baralho
A introspecção que me mantinha longe
Tão longe, que mesmo embalado nos braços, vi que estava só
Um corpo presente e uma alma ausente, essa era a verdade descontente
E ao momento em que não fui convidado
O fim que sem o começo chegou
O que nada mais restou, a não ser o segredo que a mim confiou.

Robson Demétrio

Contemplação


As ondas que sempre constantes tocam a praia
Nuvens que se apresentam nos céus como floquinhos de algodão
A areia fina e suave que aveluda o chão dessa ilha
Tão grande, tão profundo, que foge dos meus olhos seu horizonte
A mansidão de um grande gigante que adormece
Tão sereno esse mar, que me atrai
E o grande sol que coroa essa majestade
Ah! essa chama que de longe se avista
Uma lâmpada de fogo se anuncia
Que dar calor e luz, sem de nada carecer
E minh'alma que arde na contemplação do seu ser
E que momento elevado esse, que a perfeição me impõe
Momento em que me absorvo e me igualo a magnitude da natureza
Não por existir, por criar ou pensar...
...Mas por simplesmente Amar.
A supremacia da manifestação que nos assemelha ao criador.

Robson Demétrio

Meu belo infante


Quando criança, brincava sozinho
Desde então a construção do meu mundo
Sem muros ou cercas brincava com o vento
E esse invento que cheio de incremento me embalava

A borboleta que seguia, em passos curtos a imitava
O chão que eu deitava, o céu que avistava, minha morada? 
O cheiro que nascia da terra, e a vida que aflorava 
Uma Calmaria um simples abandono, que ternamente me levava

A lembrança de campos dourados
A dor do arado, o suor que trazia o alimento
Dor essa que nunca saberei, um preço que não paguei
Apenas borboleteava, por ser criança, brincava e brincava

Lembrança essa que eternizará...
E essa criança, que apenas de dengo quer se deleitar
E nunca morrerá.
Robson Demétrio

Um dia saberei voar

Num dia desse qualquer, que coisa tal me aconteceu!
Um susto, o acaso quem sabe? Surpresa que me alegrou, um presente que aos meus cuidados se apresentou...
Quando me deparei diante daquele ser'zinho, a fragilidade e e a vontade pelo carinho que transparência em seus olhos, e que emanava do seu corpo. Encontrei-o ferido, talvez tivesse apenas amedrontado, mas ao certo de mim carecia.
Eu criança boba que sou, sem receios, tomei-o para mim, para que fosse meu somente, e que somente meu seria, não por egoísmo ou altivez, mas por mais uma vez a vida que em mim somente havia pudesse dividir para a plenitude aflorar.
Cuidar de ti era minha brincadeira favorita. E ti dengar, meu acalanto, um corpo que expressava a exatidão da arte, a dança, o movimento, e que movia o meu corpo ao movimento do seu, como as ondas do mar, um movimento após o outro, movimentos sincronizados e simultaneos como uma máquina a trabalhar, a energia que gerava, os fluídos que pelo tal movimento produzia.
Ao abrir seus braços, percebia que eram bem maiores que os meus, e quão estranhos se apresentavam pois na verdade braços não possuia, e sim asas, que o adornava, foi exatamente aí que percebi, o lugar que na verdade deveria estar...
E ainda quis imitar seus movimentos, erguento os braços em forma de cruz, porém o máximo que poderia chegar era aspirar o seu voar.
Quando num outro dia qualquer, ao desfilhadeiro nós estavamos e com meus braços o agarrei e o lancei ao alto, não para o lançar fora de mim e sim para impulssionar seu vôo, não por querer que estivesse longe de mim, e sim por querer que estivesse no seu devido lugar. Nos palcos dos céus a dançar...
E saber, que a mim não foi dado o mesmo dom, mas que meus braços erguidos permanecerão, para que através da aspiração, talvez atrir ou não, esse ou outro vôo que vi parti, ou até mesmo um dia aprender a voar...
Robson Demétrio

O Silêncio


Pensei que, enquanto sentisse dor, teria inspiração para escrever, pois, pra mim, somente através da dor consigo transparecer, aquilo que existe em suma, tudo que há em mim. Mas mesmo assim não consigo mais, minha mente está vazia, e mesmo diante do sofrimento, mesmo distante da essência do Amor que um dia pude provar, não consigo criar,  Estou me transformando em uma pessoa estúpida, oca, a notar que, até que não faria muita diferença, apenas entrarei na fila dos protótipos humanos, criados em série, com suas respectivas funções pré estabelecidas, cada qual com suas funções estúpidas de viverem como maquinas, sem Vida, sem Amor, sem Arte...
Robson Demétrio

Pérola do Dia

"Gostei de ser de quem me gosta. Eu aprendi, querendo a vida bem mais fácil..." Vanessa da Mata

Meu Eu

Minha foto
Robson Demétrio
Talvez ainda seja daqueles que assista filmes que me fazem pensar... [talvez seja o unico da minha idade] ou talvez seja mesmo de um planeta diferente, esperando ser resgatado e então econtrar aqueles que se parecem comigo. Sejam bem vindo ao mundo de complicado00o0!!!
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